No Brasil, 3,9 milhões de pets encontram-se em situação de vulnerabilidade, vivendo nas ruas, com algum cuidado da comunidade, ou com famílias abaixo da linha da pobreza. Esse número representa 5% da população total de animais domésticos no país que fica em torno de 140 milhões.
Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo Instituto Pet Brasil (IPB), entidade com projetos de fomento ao conhecimento, empreendedorismo e inovação. O estudo integra cães, gatos, peixes, aves e répteis e pequenos mamíferos. A pesquisa identificou que a maioria dos Animais em Condição de Vulnerabilidade (ACV) é composta por cães (54,2 milhões), seguidos pelos felinos (23,9 milhões).
O estudo não inclui nos ACV os bichos totalmente abandonados, que não possuem tutores ou alguém que se responsabilize por eles, já que existem cachorros e gatos que são abrigados por Organizações não Governamentais (ONGs) ou por protetores voluntários que assumem essa guarda.
Cerca de 370 ONGs atuam na proteção animal em todo o país. Grande parte destas instituições (46%) se localizam na região Sudeste. A região Sul agrega 18% das organizações, o Nordeste 17%, Norte 12% e Centro-Oeste, 7%. Essas entidades tutelam mais de 170 mil animais. Desses, 165.200 são cães e 6.883 são gatos.
As ONGs e protetores no Brasil apresentam capacidades máximas de acolhimento variadas. As de pequeno porte abrigam até 100 animais. Já as de tamanho médio, de 101 a 500. As instituições de grande porte chegam a acomodar mais de 501 animais.
Atualmente, o país possuí 172.083 animais abandonados sob a tutela das ONGs e grupos de protetores. Em relação ao maior número de abrigos, os de médio porte são os responsáveis por mais de 89 mil pets, o que equivale a 52% da população disponível para adoção.
De acordo com as informações do IPB, uma informação ainda mais preocupante é que uma parte da população total de 78,1 milhões de cães e gatos em situação de vulnerabilidade tem evoluído à condição de abandono completo, sob um percentual de aproximadamente 4% (3,1 milhões).