Diante da propagação do novo coronavírus no mundo todo, em 170 nações e territórios, incluindo o nosso país e a nossa região, uma dúvida tem deixado os tutores de pets preocupados. Os animais de companhia podem espalhar a Covid-19? Eles podem ser transmissores do vírus ou mesmo terem a doença?
Os coronavírus (CoV) são uma família de vírus RNA (ácido ribonucleico) e provocam a infecção que recebeu o nome de Covid-19. Eles são chamados de coronavírus porque a partícula do vírus exibe uma “coroa” de proteínas espigadas em torno de seu envelope lipídico. Em humanos, o vírus pode causar doenças que vão do resfriado comum a quadros mais severos como a Síndrome Respiratória Aguda Grave.
Contágio é de humano para humano
De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), a pandemia atual de coronavírus ocorre com o contágio de humano para humano. Até agora, não há nenhuma evidência de que cães ou gatos possam propagar o surto entre as espécies e nos seres humanos ou mesmo contraírem o mal.
A Organização Mundial de Saúde Animal é um órgão intergovernamental responsável por melhorar a saúde animal em todo o mundo e agrega um total de 182 países membros. A OIE mantém relações permanentes com quase 75 outras organizações internacionais e possui escritórios regionais e sub-regionais em todos os continentes.
Diante disto, não há razões para quem tiver animais em casa tomar medidas contra os seus peludos, que podem acabar comprometendo o bem-estar e a saúde deles. Mesmo com a possibilidade de ocorrer algum caso isolado da presença do vírus em cachorros como já ocorreu na China.
Serviços veterinários de Hong Kong relataram à OIE que um cão tinha testado positivo para o coronavírus depois de se expor aos seus tutores infectados pela doença. O teste no animal identificou a presença de material genético do vírus, mas o cão não teve sintomas da Covid-19.
Medidas de precaução com os animais
Como essa pandemia ainda precisa de mais investigações e análises científicas, a prevenção é uma alternativa que pode evitar o contágio. A Organização indica medidas de precaução também em relação aos bichinhos de companhia, principalmente se seus tutores estiverem doentes ou fazem parte dos casos suspeitos.
Não existem relatos de pets com a Covid-19 e hoje não há indícios de que eles desempenhem um papel epidemiológico expressivo nessa enfermidade humana. Porém, os animais e as pessoas podem compartilhar doenças como as zoonóticas. Assim, é importante que quem contraiu aa infecção restrinja o contato com os seus animais.
De acordo com a OIE, ao cuidar de seus pets, os tutores devem implementar ações básicas de higienização, medidas essas já indispensáveis no contato de pessoa para pessoa também. Isso inclui lavar bem as mãos com água e sabonete antes e depois de andar ou manusear animais e seus utensílios.
Ainda, é importante evitar de beijar o animal ou compartilhar alimentos com ele. No caso de os tutores estarem sob suspeita do coronavírus ou em tratamento médico, eles devem ter as práticas constantes de higiene pessoal e o uso de máscaras faciais. Também devem deixar o seu pet sob o cuidado de outra pessoa, que não esteja infectada.